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A FARRA DO BOI NA AMAZÔNIA *9999999

A FARRA DO BOI NA AMAZÔNIA *9999999
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O Brasil é o quarto maior emissor mundial de gases do efeito-estufa (GEE), principalmente por causa do desmatamento e das queimadas na Amazônia. Globalmente, a destruição das florestas tropicais é responsável por cerca de 20% das emissões de GEE. Zerar o desmatamento é um passo essencial na estratégia global de combate às mudanças climáticas e de proteção à biodiversidade. O maior desafio, conforme identificado pelo Banco Mundial, é combater os principais vetores econômicos de desmatamento nas áreas de ‘fronteiras agrícolas’, como a Amazônia’.

A indústria da pecuária na Amazônia brasileira é o maior vetor de desmatamento do mundo, responsável por um em cada oito hectares destruídos globalmente. Esforços para reduzir as emissões globais de desmatamento devem incluir mudanças no modo de produção deste setor.

O Greenpeace, no ano de 2009, divulgou o relatório chamado ‘A Farra do Boi na Amazônia’ onde apresentou resultados de pesquisas e análises que apontaram a pecuária, o governo federal brasileiro e algumas grandes empresas frigoríficas como principais agentes responsáveis pelo desmatamento na Amazônia.

Diversos relatórios do Banco Mundial, do governo brasileiro e de institutos de pesquisa, e análises do Greenpeace mostram de forma consistente que a pecuária ocupa cerca de 80% de todas as áreas desmatadas na Amazônia brasileira. O Greenpeace analisou dados de satélite e autorizações de desmatamento entre 2006-2007 e constatou que mais de 90% da destruição florestal no período eram ilegais.

Através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), órgão financeiro vinculado ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o governo brasileiro tem formado alianças estratégicas com as cinco maiores empresas da indústria pecuária. Entre 2007 e 2009, estas empresas – responsáveis por mais de 50% das exportações brasileiras de carne – receberam US$ 2,65 bilhões (cerca de R$ 5,5 bilhões) do BNDES, em troca de ações para o governo brasileiro.

Os três frigoríficos que receberam a maior parte do investimento público foram: Bertin, uma das maiores comercializadoras de couro do mundo; JBS, empresa que controla pelo menos 10% da produção global de carne, e Marfrig, a quarta maior comercializadora mundial de carne. A Minerva Foods também foi citada como a quarta indústria frigorífica com maior participação nesse mercado de ‘legalização’ da carne bovina da Amazônia às grandes marcas.

A expansão destes grupos é, efetivamente, um empreendimento conjunto (joint-venture) com o governo brasileiro.

O documento aponta as principais causas e agentes das altas taxa de desmatamento registradas na Amazônia na época, envolvendo grandes varejistas e marcas globais que são parceiras silenciosas do crime. Outrossim o relatório apresenta ações que podem ser adotadas pelas indústrias frigoríficas e consumidoras, bem como os governos dos países envolvidos, incluindo o governo brasileiro. Como:

·         Impulsionar a inclusão de critérios ambientais no atual sistema de rastreabilidade da cadeia produtiva.

·         Influenciar governos a criar um fundo internacional de proteção das florestas tropicais.

·         Fortalecer a presença do Estado na Amazônia brasileira.

·         Implementar um sistema de rastreabilidade de toda a cadeia produtiva da pecuária, incluindo critérios ambientais.

·         Apoiar a criação de um mecanismo global de financiamento de proteção às florestas na Convenção do Clima em Copenhague, em 2009, e colocar o dinheiro sobre a mesa.


© Greenpeace/D. Beltrá

O relatório foi publicado em junho de 2009 e tomou enormes proporções, uma vez que as grandes marcas que tiveram seus nomes envolvidos prometeram cancelar seus contratos a menos que recebessem garantias de que seus produtos não estavam associados ao gado ou trabalho escravo na Amazônia. 

Por fim, os três maiores frigoríficos que atuam na Amazônia – JBS, Marfrig e Minerva, contando que Bertin foi incorporada ao grupo JBS – assinaram junto ao Ministério Público Federal um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e aderiram aos “Critérios Mínimos para operações com gado e produtos bovinos em escala industrial no bioma Amazônia”, onde se comprometeram a monitorar suas cadeias de fornecedores e estabelecer metas claras para o registro das fazendas que fornecem o gado, tanto direta quanto indiretamente. Eles também disseram que conceberão medidas para colocar um fim à compra de gado de áreas indígenas ou protegidas, e de fazendas que usam o trabalho escravo.

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